quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Moreré (Doc.06) Monte Alegre e biblioteca.

Tomei conta da biblioteca. É surreal aonde eu estou. Quando cheguei aqui e vi esse lugar, pensei, achei meu canto, vou ficar em paz. Verdade pura, encontrei a paz que queria mas a realidade é que vem e passa uma galera por aqui toda hora.  Então pendurei meus poucos vestidos em uns cabides que estavam penurados estratégicamente no canto do … bangalô, barraco, oca, como seria o nome disso. E faço deste lugar minha morada de verão, como já foram outras duas depois do Natal, claro que em maior escala rsrs.
Agora lembrei a referência qu pairava na minha imaginação e porque que eu me sinto tão bem aqui no meio da mata. A mata é mansa, abraça a gente na hora de dormir, os pássaros da noite, aqui é mágico sabia? Sinto me como se estivesse no Lagoa Azul, lembra daquele filme? Sem  a menor pressa de nada.  O desapego de Buda faz total sentido aqui. Não tem paredes aonde estou. Porque não precisa. Ontem na Folia de Reis fui com minha amiga atriz para a vila de Monte Alegre. Hoje de manhã eu tive a confirmação de que tratava-se de um antigo quilombo. É um quilombola. 

Do Quilombo, menina, nasce teus beiços aflitos de beijo
Nasce teu lombo de menina, abelha rainha,
 esconde teus cabelos. pentes e pêlos.
Tua cor de um preto que fascina, acalma a mente
perdida no teu aconchego.




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