quarta-feira, 16 de maio de 2012

Rio Arte

O bom do Rio de Janeiro não é somente sua beleza natural resplandecente que dá, como um tapa de leve, na cara das pessoas. Mas seu valor humano. A cidade abriga sem holofotes grande quantidade do material humano de maior qualidade do Brasil. As cabeças pensantes, artistas, formadores de opinião, vagabundos e bêbados de bar também tem. Mas hoje, depois do segundo dia finalizando a gravação do arranjo do Nelson Angelo, fomos a um café e lá estava Jards Macalé. Muita arte num bar só. Esse material humano que a cidade abriga, e efervescência das pessoas pelas ruas, nos bares, nas praias, florescendo em todo lugar. Essa coisa que Paris tem. Que as as cidades desenvolvidas têm. Uma democracia que acontece não só no discurso, mas na vida real. Eu sei que estou realizando. Hoje mais uma etapa importante do meu trabalho musical foi cumprida. Muito dificil gravar o Villa -Lobos, não dito por mim, claro, mas pelos músicos, que são o Zé, filho do Luizão Maia, o baixista e o Ricardo Silveira, das antigas e parceiro do Nelson Angelo, ou seja, que entende ele! As partituras, virei copista, imprimi em casa e foram mais de cinquenta folhas, incluindo o score de cada música e as partituras para os instrumentos. Isso que foi a gravação da base da música, que durou dois dias para fazermos duas bases. Isso nunca aconteceu, mas é que o arranjo do Nelson, pelo amor de Deus, os músicos penaram e eu nem liguei. A minha casca vem depois. Essa musica durava originalmente dezessete minutos e passou a durar menos do que quatro. Foi adaptada para a realidade e passeia por um caminho "sem catálogo", palavras de Nelson Angelo. Esse que fez a música e arranjo de "Canoa-canoa" e "Fazenda" que o Milton Nascimento canta, que fez parte da mesma panela, no mesmo patamar de Toninho Horta na época do Clube da Esquina. No Rio cada esquina é uma surpresa para quem está conectado com a arte.

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