sábado, 19 de maio de 2012
não pensa você mais um pouco, nem descrevo o que está se formando. é como se eu mordesse a perna de um bicho bem grande, sem ter noção do seu tamanho verdadeiro. como me engano. se estive longe, peço desculpas aos meus amigos. de verdade eu tenho estado longe. mas tem que ver quem são essas pessoas, não tem aquele pato sem noção que vai atrás da galinha? aconteçe, peço perdão e me perdoo. ontem fizemos um jantar sublime, eles tomaram um bordeaux e eu nada. fizemos uns craquers com centeio, amêndoa, girassol, todos germinados já, bati com sal, fiz uma massa fininha e espalhei no desidratador. ja tinha colocado gergelim em cima, ja estava secando. fiz uma outra, mais doce, com tâmaras gigantes, comida de deus isso, amêndoas e trigo. em cima comprei uma granola orgânica e joquei na massa ainda molinha e pus para secar. depois de um tempo eu e eugenio, que veio mostrar a música saindo do vizinho de metros, ex-marido, e finalmente amigo de anos, antonio villeroy, que, aviso aos navegantes da poesia, nunca parou, mas estava dançando com as tintas, e agora volta com tudo na composição musical, abrindo essa nova fase, que eu sabia que viria, com uma belíssima canção que eu, com a maior cara de pau desse planeta, pedi. depois de nove anos que nos separamos, fui convidada para um sarau em sua casa, há poucos metros da minha, aonde nunca havia ido e senti que isso era uma celebração. começamos fazendo juntos esses saraus e foi assim que começei a cantar de verdade, a ter idéias sobre música e a mudar o curso da minha vida. agora como um gato, pulo da cadeira e avanço sorrateiramente na vasilha das tortinhas/ barrinhas de cereal, essas que ja estava falando antes e que, ontem, num dado momento, gustavo, meu marido, começa a fazer uma coisa de juntar maçãs, passas, nozes, castanha do pará e banana d´agua. eu e eugenio demos um grito quando entramos na cozinha, estava ela la concentradíssimo! o deixamos na sua explosão artística, e no final ele colocou o recehio em cima do meu crack com granola de cacau. e agora já comi, no tempo desse texto, as barrinhas, que coisa bonita, como é bonito o alimento feito como deve ser. quanto tempo devemos teremos a mais de vida sendo assim? ou de repente é tudo a mesma coisa, não adianta nada, quem tem tendência a ter as doenças tem na mesma época que teria se tivesse comendo de outra forma, vivendo de outra forma. mas estou dizendo que ontem ouvi "GUEIXA DO XINGU" uma canção muito linda que totonho villeroy e eugênio dale, que é meu produtor, amigo e padrinho de casamento, fizeram para a gueixa tropical. a canção é uma celebração das raízes indígenas brasileiras, quando a ouvi pela primeira vez, senti-me india, na mata debaixo das copas das grandes árvores, na aldeia, os barulhos da selva, parecia que estava dentro da floresta oriental. muito bom, tudo valeu a pena porque a música ficou especial.
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