sexta-feira, 9 de abril de 2010
ciclo
as vezes, na minha raiva e revolta, dignos da minha classe de carne e sangue, eu penso, por quê não morrem? por quê não vão embora ou simplesmente desaparecem, os invejosos? mas quem sou eu também? um igual, um semelhante, com as mesmas dores e invejas, eu sou igual a esses selvagens cruéis, eu deveria sumir também.
tudo isso é um ciclo de sentimentos terríveis e eu acho que nós é que somos o mau da Terra. nós é que não temos que nascer, nós é que destruímos tudo. a natureza é muito mais importante do que o homem. mas eu quero matar. sem poder. no meio de minha fúria, observo a minha vontade de vingança. quieta, parada. porque é covardia vingar. isso aí, se come frio e é um prato poderoso, que já provei, e nunca mais esqueci. eu, e não quem eu vinguei. fica na ponta da minha língua, como um deslizamento de terra, tudo o que eu poderia dizer, mas não digo, deixo escorrer pela boca o veneno que não mais me pertence, e que, nem sei se poderia matar, porque poderia, mas digo, certamente, que nenhum veneno, nem se for usado como antídoto, deixa de ter suas mazelas, ao encontrar, finalmente, sua vítima. do lugar daonde eu vim, a gente aprende a desenvolver, se defendendo, de tudo, que sempre foi e é grande demais para ser totalmente defendido.
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