domingo, 24 de janeiro de 2010

um miserável magnífico..o inexplicável

sinto me tão miserável como qualquer miserável comum. eu poderia sentar-me na calçada tranquilamente com um deles, falar com qualquer um sem julgamento, também não imponho nada com minha presença, tenho um respeito natural e isso é coisa de quem vem da floresta. tudo e tão pouco ao mesmo tempo. é tão intenso e incrível dar valor ao óbvio! é como pular de uma palavra prá outra, tendo abismo embaixo, emendando com sentimentos, tecendo uma teia, escrevendo um livro. tarzan trançando a realidade com a imaginação e o desejo, tanto querer, é um cipó de emoções prá chita nenhuma botar defeito. e às vezes, pode ouvir-se dizer, por nada. ou por nadar, eu já estava pensando nisso, num rio perto de casa. ver as ondinhas chegarem, espirrar no rosto, dar um gritinho e mergulhar. curtir as sensações inexplicáveis de estar dentro da água, universo perto e paralelo, completamente diverso em movimento e ruídos e seres. como um beijo-na-boca apaixonado que faz voar a pessoa, é uma viagem cósmica! é a força mais estranha que eu conheço. é a inexplicável conexão entre duas pessoas, porque jamais conhecemos completamente a nós mesmos, por nós mesmos, senão saberíamos o futuro e não precisaríamos mais da trajetória. o sentido inicial se destruiria e viver perderia o sentido, porque somos poços profundos enraizando pelo universo, onde reinos nascem e morrem, torres são construídas e destruídas. e nós, sempre lá, os eternos poços. mas quê sentido é esse? viver não tem sentido.. ter a experiência do magnífico é isso.

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