sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

mas e o que não se vê? vale muito mais do que todas as pedras mais valiosas do mundo.

e se eu desistir? para aonde vão os que desistem? tem perdão? é um beco sem saída, eu entendo os desesperados. mas o que esperar de mim? olha prá mim! o que posso oferecer? eu tento, mas cai em mim o que não me deixa nem levantar! quando acaba, no final da noite, estou devastada, exausta, incompreendida, julgada tantas vezes. eu me perco, eu não sei os caminhos, eu me sinto só que nem cão de rua. é vazio aonde grito dentro de mim ecos de uma catedral. dói tudo quando piso no chão. se são as sandálias, se é o leva-e-trás das bandejas de sushis e pratos, se é gente gritando comigo, são os selvagens fora da gaiola. isso tudo é muito para mim. eu é que gostaria de estar dentro de algum lugar calmo e seguro. respiro fundo, é forte minha vontade de desmanchar e virar algo que viva mais assim..sabe? queria dormir num ninho e sentir quente. é que a vida foi me levando para longe, afastando do cais, me desatando dos meus nós e laços, nessa sorte não me veio cuidado de pai nem carinho de mãe, parece que faltou um pedaço de mim. e eu fico buscando em que me apegar. minha liberdade já me pareceu muito mais vulgar, agora não. pois aprendi com ela a ficar perto de deus. e mais perto das coisas melhores de se conviver. mas não sei não, acho que as vezes, meus santos choram por mim. eu sonho muito..eles me emocionam, não pense que eu não sinto as coisas, tentando bravamente forrar meu buraco infinito, me oferencendo assim, como se fosse tecido barato e fácil de se arranjar, aquilo que o homem chama de felicidade. mas não é.

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