segunda-feira, 18 de abril de 2011

enfim..

não sei se não me organizo direito, mas queria me transformar em duas pessoas. uma que corresse atrás das possibilidades de trabalho e serviço, elaboração e criação de projetos novos e outra que ficasse escrevendo, produzindo letras de musicas e filosofando a vida. mas é marcação de banho e tosa de gato, são dois, a faxineira que não vem hoje, segunda feira, ver o extrato do banco que veio incompleto, trocar o chip para o celular novo, caramba, formulário da pedrobrás e do bndes pra preencher. O último que preenchi foi o da eletrobras...

ontem a noite fiquei estudando um pouco esses caras que comandam o caminho do brasil, estudei sobre o porto de açu, que vai ser o polo de desenvolvimento do país, vi fotos etc.. na verdade estou resgatando a vontade e o espirito que eu tinha desde bebê, digo uns 5 ou 6 anos, quando a única certeza que tinha era que não tinha experiência de vida o suficiente para julgar nada e não tinha autonomia da minha vida para fazer o que queria. a única coisa que eu sabia era que, acima de qualquer valor, eu devia explicação aos seres de luz que me orientavam. hoje, sinceramente, acho que eles devem estar bem decepcionados, com certeza esperavam mais de mim. acho que falou a mim gestão e uma outra palavra, como é mesmo, tem alguns is, logística(!!), achei, é essa palavra. não falou coragem, despreendimento, e vontade. no processo de "adulteração", ficar adulto, fui perdendo esse contato superficial embora nunca a essência com esses seres. por ser algo vago, difícil de definir, sabia que tinha a ver com o coletivo, com ajuda aos outros, e, sinceramente, eu tinha certeza de que todas as crianças pensavam assim.

eu tive noção do canto muitos anos depois. minha carreira de cantora é tardia e logo logo me deparei com as panelas cruéis e realidades da profissão, como qualquer outra. se tivesse sonhos de ter filhos, como nunca os tive, mas se tivesse, gostaria que nascessem com alguns atributos artísticos purístas sim, mas que desenvolvessem carreiras políticas ou  econômicas. o que falta nesse país e no mundo é qualidade de estudo, qualidade de informação. eu lembro de sair com um sujeito que era advogado, era da equipe de um escritório grande aqui do rio, o ulhoa canto resende guerra, e a topeira se orgulhava em dizer que sua cultura era basicamente televisiva. ou seja, superficial, sarrísta. se quisesse contar todos os absurdos que esse sujeito fez com a própria vida e a vida dos familiares, daria um livro, um manual do burro, ou do sociopata vaidoso. mas o que interessa aqui, é a maneira como lidava com sua vida, achando seu trabalho chato prá burro,  mas que sempre dizia, ganho muito bem para fazer isso, matando horas e horas de trabalho útil (adivinhe para ficar com quêm? rs). eu não dizia nada na época, claro, mas computei na mente, quando fui ao escritorio dele visita-lo algumas vezes, passeando por lá, notei que era a menor sala da equipe, com uma grande coluna de sustentação do prédio dentro! ele poderia ser o advogado mais bonito do escritório, como enchia a boca para dizer eleito pelas pessoas que trabalhavam lá, mas como acho graça nisso hoje. enfim, existem homens e outros homens. uma vez envolvida, sabe como é mulher, a gente não vê o óbvio. a história se estende e um dia eu conto, porque é um exemplo de como a gente tem que acreditar que o destino está a nosso favor. vaidade nunca foi atributo dos inteligentes. por isso, ele é e provavelmente será sempre mais um membro (literalmente kkkk) da equipe e nunca um criador por si só.

e a diferença é grande aqui no mundo de fora. a realidade é que homem burro só serve prá primeira fase. a fase mais superficial. dali em diante tem que tomar cuidado. tenha todos os homens que você queira ter, sacie-se. seja correta com os seus desejos, para suprí-los e poder avançar para a segunda fase. serás uma mulher feliz, realizada e fiel. mas o que que eu estava dizendo mesmo? era sobre caráter? era sobre a minha carreira? acho que era sobre o meu resgate das coisas que realmente são importante para mim. meus valores de criança que, com esse ambiente social pavoroso que a gente vive, podre e julgador, excluidor, escondeu-se em forma de sonho perdido de criança. será mesmo? eu tenho que associar meus desejos antigos com a música. a música é uma ferramenta mágica e muito poderosa para meu maior sonho, o de unir as pessoas, mas não é tudo. se eu morrer amanhã, quem ler o meu blog por exemplo, que ficará solto, balançando no vento ciber, saberá quem eu fui muito mais do que se ouvirem minhas músicas. aqui é mais direto, a música é uma viagem mesmo, eu sempre chamei-a de remédio de gosto bom, um alívio para as minhas dores em primeiro lugar, e de todos. a música é o que há de mais lindo no ser humano e no mundo. mas, para comunicar, a gente tem que ter o poder não só da voz, mas da palavra, da escrita. são tão importantes quanto.

mas enfim...volto ao mundo real, das fichas de inscrição dos projetos no bndes, das panelas dos medianos, da minha raiva, da agressão das pessoas, da vida e da realidade que eu quero tanto mudar. da minha fome. por favor não me levem a mal. as vezes escrevo colocando tudo prá fora e deixando o entedimento muito confuso, mas é algo muito pessoal. enfim, não julguem. é bom ficar somente observando, e tomar para si o que for mais importante, assim é mais inteligente. eu que não sei nada de nada. peço desculpas àqueles anjos que cuidavam de mim, por tantas vezes, vai ver que foi por isso, que quantas vezes, me senti só. não basta ter uma voz bonita, a realização dos desejos não depende somente de auto-estima, mas de uma realidade coletiva, amigo, bom dia, ninguém faz nada sozinho.

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