quinta-feira, 14 de abril de 2011

vip's - cimena psycho - você é um homem ou um burro?



poxa outro dia fui ao cimena, e muito bem acompanhada por sinal, não estou tirando onda, estou sendo delicada com ele ao fazer essa menção, e o meu par me conduziu, com pipocas e coca zero, sala a dentro. tínhamos comprado os ingressos para ver l'amour fou. o drama não começava e uns dez minutos depois vimos que tínhamos entrado na sala errada. nós rimos e seguimos vendo o filme vip's, com o wagner moura, muito bem no papel (esse menino é um arraso de ator). no final, ele me disse, filme pesado esse, a gente não sai se sentindo bem. eu sei bem o que ele sentiu e concordei, conversamos depois sobre isso. como tantas vezes escrevo aqui, comentando o comportamento humano, desabafando ou jogando conversa fora com meu cérebro, esse filme mostra, resumidamente mas explica com lucidez, a mente deturpada e rasa das pessoas da nossa sociedade, mesmo as que tem um nivel bom de vida, e portanto, possibilidade, que é a coisa mais rara do mundo.

digo isso a mim mesma e é motivo de ansiedade e análise crítica constante no meu ser. nunca faço o suficiente, longe disso. e quero. brotam os anseios. mas observando esse comportamento tão perto e de todas as maneiras, a ignorância, tanto do saber acadêmico, como o saber dos valores, vem de todos os lados. enxergo-me no meio do caminho, no fogo cruzado entre o saber e a burrice. bom, alguém deve se identificar comigo. assim sinto-me um pouco aliviada, serei compreendida! o que vejo em volta é que as regras que a sociedade ditou nos últimos trezentos anos, ou mais, valeram para deixar o mundo exatamente como está. temos referências boas, como o nascimento dos direitos humanos e as leis de proteção, a boa conduta de respeitar a liberdade alheia (quando é feita), mas nos causou grandes e profundas distorções em nossa mente e no nosso mundo, como a poluição e a dezumanização do ser. a sociedade, e agora não me venham com essa coisa de sociedade oriental e ocidental, o mundo todo é assim, de um jeito só. tem algo que me incomoda tremendamente, que é a banalização do ser humano, como se isso fosse possível. mas é tão ridículo o ser que banaliza e humilha  outro ser,  por qualquer questão que seja. e eu vi nesse filme, algumas questões morais sendo colocadas em xeque mate, os atores trabalhando bem, representando todas as bestas dessa sociedade e, penso comigo, a quantidade é tão grande e maior ainda, muito maior, é a minha vontade de fazer algo para melhorar essa realidade.

enquanto as mulheres não se unirem e se respeitarem, enquanto elas não se interessarem por política, não mudaremos essa realidade. seremos um fútil polvinho, digo polvinho, deslumbrado com a cultura externa, por ser externa. a gente tem que dar o exemplo de um país que se desenvolve juntamente com seu material humano, equilibrando lucro com qualidade de vida. estamos fazendo um país se abrir,  a economia crescendo 7.5% no ano passado. vamos abrir as portas e internacionalizar o brasil, fazer com que ele tenha cada vez mais, população e POLÍTICOS preparados para lidar com a potência que é esse país. a gente tem que se preparar. temos que importar tecnologias novas que irão desenvolver os tipos de emprego, dando uma melhor condição de vida às pessoas simples, introduzindo-as na sociedade com dignidade. novas tecnologias que barateiam os custos pesados das industrias de base. energia, bio energia, construção, transporte, saneamento básico. e estou falando de tecnologia que compramos e ficamos sem depender de sua atualização, como um programa de computador, que depois de um tempo temos que comprar a nova versão atualizada, nada disso! nosso pessoal, entre políticos e empresários ainda não está preparado para lidar com o mercado da tecnologia internacional. enquanto os países de guerra se matam lá fora, as indústrias de tecnologia desenvolvem, em paralelo com a defesa, ou seja, armas e técnicas de destruir,  novas tecnologias para geração de energia mais barata e menos poluidora. essa tecnologia que interessa a um mundo que quer um dia ser pacífico. quem sabe, se os ânimos inflados pela ganância do dinheiro, trocam a tecnologia de matar, quê ainda dá tanto lucro, pela tecnologia magica porém ainda imaginária, de viver.

e para viver é preciso ter generosidade. é preciso se perdoar e continuar perdoando. começo a agradecer pela minha estrada tão diversa, sabemos que tudo depende da gente, a transmutação é o troféu de uma jornada que valeu a pena e os antigos costumes, ou o que os outros vão dizer, são o cotidiano breve, infeliz, raivoso, frustado e burro. por isso que temo pelos que têm medo. eles deixam de cumprir sua lenda pessoal e tornam-se tão violentos... é o carma de cada um. não é para ser levado a mal, mas o velho deve dar lugar ao novo. os bons serão sempre reverenciados, mas cada um no seu lugar. chega desses políticos velhos, desse modelo velho de política coroneilísta, mesmos os moços que estão chegando, devem abrir. devem criar novas leis de mercado, de compra e venda. as leis foram feitas há muito tempo, não acompanham mais o ritmo de crescimento do brasil e do mundo. tudo que é incompatível, deve e vai cair, porque não vai mais se sustentar. o ego deve cair. tem que ver esse filme, o vip's,  com olhos de quem, para mudar o mundo, tem que começar por derrubar esses muros de mentira, enfeitados com disfarces de personalidade e valores, dentro de si primeiro. e urgentemente, porque é patético ver o ego tomando conta das pessoas. é um show de horror prá todo mundo ver. a mudanca que eu quis ver, começou dentro de mim. e é tudo só um começo, um eterno começo. sempre com amor, perdão e fé no pensamento positivo, sem esperar do outro mais do que ele pode ser ou dar. temos que pensar no coletivo para ficarmos cada vez maiores. a união faz a força gente!

3 comentários:

  1. Dani, vi o filme também. Mas, achei confuso seu comentário. As leis de mercado jamais obedecerão a coletividade, jamais deixarão de restringir as pessoas. Essa abertura que vc propõe tem de ser o contrário, de dentro para fora não de fora para dentro. Pense nisso ! bjs

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  2. Marco querido,
    O que vc escreveu sobre a mudança que ocorre de "dentro prá fora" é exatamente o que eu quero dizer aqui e escrevi isso bem claro por sinal, no final do meu texto. Você vai ver que estamos falando a mesma coisa. Mas eu não entendi direito o que você quis dizer com coletividade, na verdade eu que não entendi bem seu comentário. Mas, aqui não é um blog de política, longe disso, eu fiz uma analise, começando pelo filme e parti para a política para dizer (ou tentar dizer rs) que o que precisamos realmente é de uma abertura (de desenvolvimento e união do nosso pensamento em relação ao desenvolvimento do Brasil, e ela vem de todos os lados, mas claro, e inevitávelmente, começa por nós mesmos. Mas eu que não usaria a palavra jamais, nem uma nem duas vezes, para explicar um texto que fala sobre valores e política, porque sabe como é…tudo muda. Governos caem e nossa vida muda a cada dia... Eu falei de varias coisas diferentes e o sentido que eu quero dar é que chega dessa superficialidade que o filme representa ou ataca. Ele mostra a fragilidade de uma sociedade baseada nesses valores. Isso chega a ser agressivo, pelo menos para mim, a forma cretina de como a sociedade atual brasileira (do mundo também, mas falo do Brasil) coloca em primeiro lugar esses valores fúteis, em vez de valorizar o ser humano pelo seu caráter e atitude. E também pela falta de um pensamento coletivo. Beijos e saudade de você e Mel.

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  3. Bem, as pessoas tem medo de falar de política hehe, eu não, adoro, pois política está em cada ato da vida que levamos. Seu texto é completamente político, o que não quer dizer ser partidário. Acho isso ótimo pois vc se incomodou com alguma coisa que viu através do cienama. A verdadeira arte é para incomodar mesmo, para nos despertar rumo a uma vida mais igualitária. O que eu tentei te falar é que a política vinculada às leis de mercado são excludente e esse tipo de VIP só existe numa festa em que todos voltam o olhar para o que devemos consumir, não para um convívio desapegado de interesses, onde o bacana seria que existissem as trocas necessárias para aprendermos a crescer como gente. A riqueza do mundo está entregue a menos de 10% de sua população, causando estragos aos que a pussuem e aos que também não têm nada, exatamente porque o mundo é regido pelas leis de mercado, que são completamente anti-democráticas e indicam quem pode ou não pode ter ou ser alguma coisa. Na verdade eu só acredito no desenvolvimento a partir do olhar pela educação, pela cultura, pelo esporte, pela saúde, quando o Brasil promover uma verdadeira reforma agrária, quando comprar deixa de virar obrigatoriedade e passa ser apenas um ato típico da sobrevivência humana. Só isso linda. Espero ter sido mais explicito. Bjs ;) Saudades !
    MA

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