Aqui a gente pensa que não tem nada prá fazer a noite, não tem mesmo, mas o povo arranja. E fica no bar do Bira até tardão ou faz o samba/choro na Fátima (ela tem um bar no final da praia). E o couro come. É muita manga caindo na cabeça da gente, ontem mesmo, ela me indicou prá comer, uma fruta que tinha caído daquela árvore tal. Que era de uma marca melhor prá comer. Mas isso, eu fiz de manhã quando estava de passagem, indo pra Boipeba Velha tentar mudar meu vôo, que não consegui. Não vou a noite. Desde Reveillon, bebi as caipirinhas duas noites. Uma ou duas, nada de mais.
Tenho pânico de noitada porque sinto um lance estranho dentro de mim. Paranóia! Sinto que o povo está ali enlouquecendo, bebendo, fumando, ingerindo, envelhecendo, se matando por uma diversão, que muitas vezes é só estragação mesmo, não dá em nada. (não é esse o caso).
Poucas vezes marquei reunião, fiz música, criei algo realmente bom, fiz contatos interessantíssimos, na noite. Na balada. Prá mim, os meninos mais bonitos e que combinam melhor comigo acordam cedo e treinam. Tenho pavor de ficar aquela mulher envelhecida, com marcas do tempo, de bebida, noitada, aquela fisionomia cansada, fedida de cheiro de cigarro, sem trato. A minha paranóia atinge esses índices. Um horror.
Eu nunca fui uma pessoa do copo. Mas esse ano passado eu bebi mais despretensiosamente e deu no que deu, quatro kilos a mais na balança. Tive dificuldade de dormir, então não conseguia acordar cedo prá malhar e virou uma bola de neve. Temos que descansar a noite e repor as necessidades do corpo para o dia seguinte. Se eu não descanso, me sinto fraca e cansada no dia eguinte. Sinto culpa. Não gosto. Definitivamente eu não sou da noite e da coisa vamos enfiar o pé na jaca com tudo. Exatamente por isso, quando me animo a sair, me divirto em dobro.
Mas aqui toda noite o samba rola até quase de manhã, toda noite não, mas um dia sim outro não. Tem muito músico aqui, bons músicos, mineiros principalmente, estou querendo dar uma volta por Minas depois disso. São muito bacanas esses mineiros.
Mas não saio a noite. Fico dentro do meu cortinado azul aqcua, dormindo cinderela, descansando do exercicio do dia. Minhas pernas doloridas de tanto andar na areia fofa. Aqui é enduro o dia e noite toda. Areião. Não tem asfalto, não tem calçada pavimentada. Aqui o tempo parou.
Mas por causa disso estou entrando de novo nos eixos. Já emagreci um bocado e é tanta, mas tanta água de côco, chego a tomar uns cinco, seis côcos por dia, que a gente vai enchendo o buchinho e hidratando, sem engordar. Desincha, nutre e hidrata, recomendo boas quantidades de água de côco para substituir a ansiedade de “ingerir” que a gente tem.
Até o final das férias vou estar quase nos trinques. Só vai faltar o treino de musculação prá criar o tônus que perdi esse ano e o pilates que vou fazer assim que chegar no Rio. Depois dessa chuva mega que assolou o Rio de Janeiro, acho que não volto tão cedo prá lá.
Resumindo, é uma cagada beber de tristeza. A felicidade alheia tem que ser um incentivo e não uma fonte de raiva. A inveja é suja e suja a aura da gente. Quando eu me pego sentindo inveja, sinto-me pesada e sem rumo. Algo está muito errado quando se sente inveja. Deve-se prestar atenção a esse sentimento e procurar trabalhar a redenção disso imediatamente, pois é só prejuízo. E fora o cheiro do invejoso... Só ele não percebe, os mais sensíveis percebem na hora. No olhar também. O invejoso é um sujeito miserável. E perigoso na sociedade.
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