sábado, 9 de outubro de 2010
sem inspiração
ando lendo algumas coisas mas não tenho tido inspiração para escrever. escrever requer muito mais tempo, maturação, tem o começo de um texto, que, geralmente não começa em sua melhor parte, vai maturando até chegar o ponto, que ele próprio, me parece, cria asas e vai desenvolvendo sozinho. como numa festa, a gente sente quando ela pega fogo e parte para uma outra esfera, assim como um show. isso pode acontecer ou não. escrever é dolorido. porque o limite da musica é ela mesma, sua estrutura. letra, musica, harmonia. escrever alguma coisa é ter um disco voador nas mãos. não precisa de pista, nem freios. desce e sobe, vai e vém, você não sabe quem tá dirigindo, porque muitas vezes, também me acontece dançando, aquela dakini, fada, difícil dar nome ao que não se vê, se apodera de mim, de repente relaxo e o corpo dança sozinho. bonzão. mas escrevendo as dakinis são outras, profundas, poderiam ser dakas ao invés de dakinis, provavelmente, seriam senhores se fossem de forma humana. e quando mancho esse espaço em branco com essas sujeirinhas, é como se saíssem de mim. ruminando e jogando fora. talvez tão dolorido quanto fazer analise, um alívio e um universo sem controle.
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