quarta-feira, 27 de outubro de 2010

o avião e a selva, bateria a 50%

adentrando leis e secretarias, horas a fio, o monstro fala do outro lado da linha. eles respondem nossas dúvidas, são simpáticos e querem resolver, isso é na secretaria de cultura do rio de janeiro, chega  emocionar de tão bom o serviço. a carta de patrocínio agora não vai ser mais preciso o projeto, tem uma expressão agora que não me lembro, LINHA DE AÇÃO, lembrei, a linha de ação foi para um valor diferente nesse edital. estou aqui a esperar minha bateria do iphone carregar, desde as sete, hoje consegui acordar cedo finalmente, de novo, minha rotina vindo de novo. é triste sair da rotina para uma virginiana. deixa estar. acontece. mas olha só, com essas leis e normas, contratos e orçamentos, passa levemente sobre minha cabeça a idéia de estar entrando para o mundo corporativo, essa palavra termo que me foi introduzida verbalmente pela minha mais nova melhor amiga, maíra, neta da senhora que mora na casa rosa na descida da minha casa. ela disse, namoro um bofe corporativo! com ponto de exclamação porque tinha indignação em  sua voz. agora ela me passa pela cabeça, as vezes vejo no ar, escrito num painel, ou num avião desses que pasam na praia, corporativo! escrito em leras garrafais e coloridas, levanto a cebça além da tela do computador e vejo a cena na minha frente. sorrio e abaixo de novo. gosto do termo e aquilo soou como fichas caindo na minha cabeça. o mairão é engraçada. engraçado foi que essa noite sonhei com um avião caindo. estava conversando com alguém, de um lugar alto, um apartamento e vi o avião passar, ai que horror mas era da gol, medo da gol agora, mas nós estávamos numa praia costeada de uma floresta, era bonito o lugar, parecia maresias em são paulo, foi essa a impressão que eu tive. o avião deu uma volta, era final de tarde, eu enxergava o brilho que dá na areia, quando a água, depois de avançar, volta escorregando, aquilo brilha, a areia era mais escura, bem fina, típico de algumas praias de são paulo, então cheguei a ver suas luzes acesas, pessoas, uma sala ambulante, estava cheio, ele foi dando uma envergadura com as asas, alisando o morro, foi descendo e aterriz(s)ou na praia. olhando aquela cena meu coração parou, a gente sofre nos sonhos, parei de conversar com o sujeito que estava ao meu lado, e aterrorizada vi aquilo passar bem perto de mim, entre o prédio aonde eu estava e o morro, era como daqui ali. caiu, ou melhor, pousou, de um jeito engraçado, de lado, com as luzes acesas, parou. eu não tive dúvidas, corri em direção a praia, como quem corre para salvar a própria vida, correr num sonho é muito louco, sempre tenho a impressão que não toco o chão. ou porque é muito rápido ou porque é slowmotion. nem sei como desci, ou se nesses prédios de sonhos são de elevedores ou escadas, eu estava com tanta pressa de chegar que pulei essa parte. já juntava gente na praia, ouvi os pássaro cantarem ainda, o clima era calmo. senti que não haveriam explosões e que seria um trabalho que levaria um certo tempo, algumas horas, para tirar as pessoas dali e voltar tudo à ordem. daí eu acordei. com uma certa missão de dever cumprido, olha só..e são 8:37, só a metade da bateria ainda..agora vou.

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