sábado, 13 de março de 2010

lontra do c

é uma foda você segurar um sentimento selvagem pulando dentro de você. ele escapa como um bicho sorrateiro, liso e foge pela boca. apanhou de mim feito gente grande esse bicho, dos outros, surras homéricas ele já tomou, aprendeu um pouco, e eu, como seu avatar, morri. mau estar em pensar nisso. mortos não pensam, nem engordam, nem ficam tristes e, principalmente, não morrem de novo. saco. a fila de cães se formando de novo. tudo o que eu não queria. nem quero pensar, não posso agir, muito menos interagir, por mim estava na quietude, mas como?, se os dias passam mais rápidos? insanidade pura. que alimenta essa fonte, que de destruidora não há nem uma molécula, mas de tédio ainda morro, quando penso em mudar. não quero mudar, sou tão feliz assim, queria que o mundo mudasse, porque me olham de cara diferente e seus olhos mudam de cor. é preciso dizer que a felicidade nos faz mudar de cor. a esperança de um pode ser, que não tenho a mínima idéia, brota de mim sem culpa, deve ser a ignorância, mas ignorante eu não sou mais. então acabei de descobrir porque estou triste. e me sentindo mal, como se tivesse feito uma grande coisa que eu não fiz. quero que essa culpa se dane e passe com sua caravana, tráiras de um rio que sobe, não ligo prá mais nada. mas como, se eu também não sou nada. que falta de horário para me sentir alguém. não tenho opiniões, me tiraram as opiniões, sinto-me uma moça amedrontada. o que eu tenho agora é medo de viver. antes era só coragem. coragem, peito aberto, voo livre. agora é medo e coragem. já doem algumas partes. não, ainda não me vendi pelos sonhos de revista. ainda não, que um dia eu pego um barco e saio mar a fora, dentro de mim, e não volto mais..olha, eu não contava com a merda do mundo, desculpe o meu francês. então me cai sobre as costas o manto do amadurecimento, e por quê pesa assim? tem que pesar assim? eu já disse que não sou auto-destruidora-idiota, não me maltrato ingerindo venenos e drogas ou abusando de hábitos incoerentes, eu estou é de saco cheio disso tudo. como boa virginiana, sentir-se assim, é uma condição humilhante e desesperadora para quem sempre achou que tinha as rédeas da situação, rédeas da vida, do próprio rumo, sei lá.. eu me sinto uma idiota sem ser. não queira isso. é inexplicável, eu só peço a Deus para passar logo. lado a lado com "isso", eu continuo na minha, nossa, dela, jornada. e quanto mais quieta eu fico, menos explicação eu devo. e isso é a única condição que está me ajudando no momento. calar e literalmente fechar a boca, estão me ajudando... isso provavelmente, pode ser amplamente resolvido, com doses diárias de exercícios físicos. aqueles os quais eu estava bem acostumada e, depois de um choque, perdi a rotina. isso é minha válvula de escape, me faz esuqeçer. e essas letrinhas saem como gritinhos da minha cabeça. não tente entender, eu digo à mim mesma, leve a mente tranquila e aceite. fazer qualquer julgamento numa hora dessas é burrice. não dá mais prá enquadrar as pessoas. isso tudo parece uma despedida, sinto como algo que se vai. e sem minha inocência não tenho nem mais o gosto de ir. e ir aonde? nem olho mais para trás, porque é assim, o fim tem que ser consumado. se não vira palhaçada. não me vem com ligações e estou com saudade e você sumiu, sinto falta. não vem com isso, que as coisas são ou não são. merda. mas falta um ponto horrível para finalizar esse inferno de fins. peço ajuda a deus, porque tenho medo de enfrentar as pessoas. eu chamo essa gueixa, minha heroína, minha amiga, e digo, tem coisas que nem você faz por mim. mas faz-me um outro favor, não me deixa mais falar. e nem que seja com os olhos. (não me deixa mais mostrar minha alegria, nem dividir minha tristeza e saudade. gueixa, deixa eu escrever aguma coisa, quem sabe com isso eu me livro desse algo estranho que me coube, a escreverem que não valho nada, não pode ser verdade, não pode, porque seriam tantas respostas, mas não me vem força, fico quieta, quem sabe, eu sei, de minha fraqueza, vale o silêncio de ouro. o silêncio dos tristes.)

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