terça-feira, 8 de dezembro de 2009
e o que fazer com os espaços que sobram?
com a sala vazia,
as paredes sem fim,
bom e ruim,
puro,
nada a declarar,
como será esse final?
esqueceu-se por completo?
não sabe mais quem sou, aonde eu moro,
os novos endereços dentro de mim, e assim foi embora ou se apagou definitivamente?
se marcas nas paredes não deixou, se não houveram as boas estantes para preencher com histórias ou contos que sejam, ou poesias..há houveram sim!
a sobra é uma kundalini virtual? boa!
única, pendurada em cima da cama cor de rosa..
divina, mangedoura do ser, que envolve e aquece, fazendo brilhar, alimenta a feliz existência que deixa escolher.
se ele pensa que, agora sim, estou livre e vou soltá-la por aí, minha menina, "volta a se a acostumar com as cócegas do vento do galope selvagem no teu rosto, a saciar a tua fome." lembra? mas não é verdade, porque tudo desliza para minha casa em mim que já é , por quê sair por aí? engana-te, meu caro. engana-te, porque o sangue não é raro a tôa, ele se preserva, ou se entrega de vez aos demônios de braços abertos, porque isso não faz a menor diferença. se testas, mas já não importa? o amor está provado e sacramentado, está mais do que amado. não se fala mais sem sorriso, alegria em te ver, abre-se um outro livro, com partituras de pássaros, liberdade e redenção, pensamentos deixamos para amanhã ou outro dia, quem sabe, mas para hoje, não peço nada se não o presente momento, bem vivido e junto de quem é feliz, mas primeiro em paz comigo mesma, mansidão de imperatriz.
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