domingo, 22 de abril de 2012

Sei lá

Tem também uma falta de noção de tempo e, ainda mais com essa chuva, o Rio de Janeiro fica atemporal. Não se corre mais, não se sai na rua, não se nada será? com esse mar calmo. Nadar no mar essa semana foi como tomar um ácido natural. Mar do Caribe no Arpoador. O melhor disso é a limpeza que o mar faz. A grande calunga como diz o Zé Vivo, eu nadando naquele mar, ontem, já não era Caribe como na Quarta, lembrando do Zé falando grande Calunga, grande Calunga, um medo bateu. Mas o Patrick tava de um lado e a Mika tava de outro. A simbiose com o mar, o iodo, a mudança de balance no corpo. Parece que não existe esforço, a gente vai flutuando pela flor d'água. Rasgando a fina camada entre o mar e o ar, indo em direção ao futuro. Uma meditação só. Quero cada vez tomar posse do meu corpo. E esse é o assunto do mês. Não sei se é pelo começo, mas a coisa vai bem. Mudanças visíveis no corpo, na disposição e alegria de viver. E entendi que realmente preciso me inventar o tempo todo. Sou um ser em movimento, movida pelos bons sonhos. Eles não são fáceis e vão se multifacetando no caminho e fazendo exigências que não posso deixar de cumprir. Adoro pensar na historia do self-love. A vida é tudo ao mesmo tempo. Passado não existe, futuro não existe e falsidade não existe, sustentar realidades mentirosas não existe. Ou você é ou não, ou está para ou não está. Não se serve ao senhor da hipocrisia porque ele não existe. A vida é um armário cheio de coisas que num dado momento, tem que sair, ou usadas. Esse armário cheio demais, de peças usadas demais, roupas e assessórios de épocas diferentes se misturam, se confundem. Sei lá, não dá prá viver sem as duas partes. Se pudesse, se fosse duas, uma de mim estaria meditando o tempo todo. E a outra, seria eu mesma. 

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