terça-feira, 1 de junho de 2010
rio cru
cadê o charme que move aquele mundo..dos violentamente enigmáticos e vitoriosos? e os sorrisos encantadores que brotam assim, dentro da garganta daonde derretem os caldos mais vitais e venenos, entrando dentro de amor sem fim? onde estão, que se alguém tiver que chamar, deixa que tem outros caminhos mais naturais. deixa estar o que não se muda através do descanso. aquilo flui como um rio. eu sou um rio abandonando suas curvas. deus é um pai e há de ver essa esticada do destino, não o faço para mostrar, mas queria. faço por sobrevivência, a resposta das nenhuma das respostas a cima. como crua, tal como a realidade e a realidade é.. mais, muito mais que um suspiro e pausa para tentar escrever o que nem se ecreve ou escreverá. é por isso que não se deve se ater pelas curvas de um rio, ou as curvas sinuosas de um ser. é uma sujeira que fica pendurada de um lado e do outro. uma rede, essa lagoinha de escrita. algumas vezes lágrimas, mas agora a fome e o desejo de ingerir semelhante. em minutos como a mim mesma, mas que graça tem? lá se vai metade de mim, que sou metade você. em minutos sacio completamente a fome de mim, me lambuzo daquilo que deus fez e mantém. puro de amor, furiosamente errado, e perco ao mesmo tempo das dentadas e extase, e ganho no alimento, na diminuição, mas não é mais diminuição, é transformação, por que seguir com as coisas assim? a fome que é a fome de mim, por isso não sacia nunca. procuro em mim a humanidade, acho e como, e fujo amedrontada da fúria que também vejo. gosto de seu ventinho..mas eu quero ver e eu tenho fome. como cru.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Lindo, Dani!!!
ResponderExcluirObrigado!!! Carinho,amiga!!! Parabéns!!!