sábado, 13 de fevereiro de 2010

rapaz, e o medo de viver em syracusa. a cidade branca. do desespero e da pureza.

estou dirigindo minha vida me fazendo como um bagaço de laranja, espremendo quase que até o fim, dando o que posso de mim, para seja lá como chame o que tenho prá botar prá fora e ser espremido, esse suco/vômito/bebida alcólica. não será suficiente para mudar, não me fará mais feliz, mas me faz menos triste. e então, já basta para ter continuidade. o que me faz feliz é entrar em contato com o mundo, pessoas, homens, a natureza. música. na minha vida tenho e quero a calma. foco num homem só e assim é. e como é um inferno o querer de homem. é um querer sem fim, sem trégua, homem quando gosta é forte demais. a gente sente no corpo, no tento, eles vão na alma da gente tentar dominar. mas o amor é assim. é o jeito humano de possuir o que chamamos de amar, é doença, é errado, eu sei, mas é o querer. e não é meu, eu não amo assim. quando se admira então, existe valor, aí não passa mesmo. é querer prá vida toda. mas ele é frio, não desvendo nada nele, a não ser o frio em mim mesma, ficando mais profundo e poderoso, faço escolhas, agora já não sei ficar só. sou como qualquer uma dessas mulhereszinhas, agarrada no seu homem, medrosa de atravessar a rua sem a mão. não me lembro mais do meu nome, peço ajuda a deus, que não me tire aquela de mim, que me baseei em tantos anos de viver, agora ela deita e dorme. enquanto eu sou entregue aos leões que querem me comer viva. sangrando doce.

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